Daqui a pouco estaremos em
2016. É inicio de ano novo, esse período é sempre um momento angustioso para uma
parcela da classe de artística dessa nossa sofrida terra. Mas qual seria o
motivo? Quais as razões de tanta apreensão? Bem, para os menos informados,
precisamos esclarecer antes de qualquer coisa, que o Estado do Maranhão, há décadas
não possui políticas culturais contundentes, igual àquelas feitas visando uma
real estruturação cultural de longo prazo. A cada novo governo o que vemos é
uma imensa falta de respeito com nossas raízes artistas e culturais. Raízes essas
legítimas pelo seu cunho histórico, temos revelado por anos artistas de
qualidade impares para o Brasil, nos diversos gêneros culturais, seria
redundante citar aqui nomes que são de conhecimento de todos.
Essa perfeita indigência
cultural vem se arrastando e se perpetuando inclusive por conta da postura errônea de diversos personagens da nossa música. Através dos anos foi visível a percepção
de que diversos nomes importantes do cenário musical do Maranhão, aos poucos
foram aderindo a política do Panis Et Circense
que a família Sarney implantou e jocosamente sempre repetia ano a ano. Essa
prática execrável de se fazer patrocinar pela politicalha visando benesses
financeiras e oportunistas acabou criando uma tradição maldita não há dúvidas,
quando o que se viu com o passar dos anos foi o surgimento de novos nomes logo
cedo sendo carregados e incentivados a fazer parte dessa verdadeira traição a
verdade artística. Artista engajado e ciente da sua missão como ser político e
cultural, jamais vende seu trabalho a interesses repugnantes das elites politicas.
As exceções são raras quanto
a essa forma de pensar musica no Estado do Maranhão. Portanto para parte desses
cantores e cantoras, músicos e musicistas, a nossa música está relegada
infelizmente a essas praticas ocasionais de divulgação. Pois ao que nos parece
só se é artista musical no Estado do Maranhão em três períodos do ano. A primeira
é no período carnavalesco, a segunda seria nas festas juninas e em alguns
poucos casos no final do ano, por conta de algumas apresentações voltadas para
o período natalino. Fora isso as aparições desses "pseudo artistas musicais" são
bastante esporádicas e quase inexistentes no restante dos outros meses. É triste
afirmar isso, mas nosso Estado está cheio de artistas musicais de ocasião, são
poucos os que pensam diferente, a grande maioria assim o está, e assim
continuará.
Natanael Castro, Editor
Boa, Natanael, a verdade dói e incomoda, mas vá em frente com sua crítica veraz e contundente.
ResponderExcluirBoa, Natanael, a verdade dói e incomoda, mas vá em frente com sua crítica veraz e contundente.
ResponderExcluirA verdade é triste demais em nossa terra.
ResponderExcluir