Em
dias tão cheios de emoções, tensões, decisões e, por que não?, tesões
políticas, nossa coluna desta quarta-feira segue a pista da verdadeira
Democracia: do povo, com o povo, para o povo. Mesmo sabendo que a maioria
destes políticos envolvidos nesta batalha que é o impeachment não passa de um
bando de cafajestes, há os políticos decentes, homens dignos, os abnegados e
que querem o bem do país e do povo. Uma minoria, é verdade, mas existe. E como
disse Nietzsche “São os pensamentos macios, que vêm pisando com pés de lã, que
produzem as grandes tempestades e que governam o mundo”.
Deixa
eu também vender meu peixe, uma vez que quase todos tem o seu sistema de
governo ideal, sua democracia lavada, passada ou engomada (conforme o dialeto
regional) pronta pra vestir num dia de festa, geralmente o dia de eleições.
Quem
não se lembra da astúcia raposiana do Leonel Brizola? Vindo do exílio, ligado à
internacional Socialista, mas consciente de que aquele socialismo que ele andou
conhecendo de perto na Europa era um blefe e não passava de um sistema que
igualava a todos por baixo e só mesmo a casta dirigente enriquecia e se
locupletava com o dinheiro público, querendo, portanto, dourar a pílula, sacou
o seu Socialismo Moreno.
Coitado
do tio Briza. Seu Socialismo Moreno acabou nas mãos do Carlos Lupi, atual
presidente do PDT fundado por Brizola, defenestrado do cargo de Ministro do
Trabalho, acusado de corrupção e roubalheira grossa em programas de sua pasta.
Nós
não temos uma vivência plena de democracia continuada, digamos ao longo de
pelos menos cinquenta anos. São golpes e contra-golpes, marchas e contra-marchas.
Em determinada época éramos o Brasil Colônia. Noutra uma pátria imperialista.
Na República Velha imperou a política do café com leite. No Estado Novo
tínhamos o DIP, o namoro getulista com o nazifascismo, tentando fugir do
comunismo do chamado Cavaleiro (ah ah ah) da Esperança, até que ele se
bandeou para o lado dos aliados (época da segunda guerra mundial).
Vale
um aparte: O Cavaleiro da Esperança Luís Carlos Prestes, líder e mito da
esquerda brasileira, foi acusado e condenado por homicídio cometido
pessoalmente contra uma jovem de 16 anos de idade, no Rio de Janeiro, julgada
por ele como dedo-duro, havia feito denúncia à polícia revelando o esconderijo
de um grupo de comunas. Esse um dos arautos da democracia e da liberdade deles
(petistas, psolistas, pcdobesistas, e outros istas).
A Democracia não é propriedade
privada de ninguém. É um bem público, de todos e para todos. Para os grupos de
esquerda no Poder, não. Acham que é um bem deles. Que somente eles lutaram por
este bem. Que é conquista só deles. Que eles usam como um adesivo, que colam
onde, em quem e quando querem. Não é assim. No PMDB, antigo MDB muita gente
lutou pela Democracia e contra a Ditadura Militar (houve ditadura, sim, pelo
menos eu sou dos que acham que houve). Gente do DEM, do PP, do PDT, se
procurarem vão achar alguém que também batalhou por este mesmo ideal
democrático que discutimos aqui. E gente sem partido, gente de cor e gente
incolor, estudantes e analfabetos. Do campo e da cidade. Rico e pobre. Em algum
momento todos lutaram cada um do seu modo.
Ah, mas não sofreram, não foram
torturados, tem gente que fala isso.
É verdade. Nem todos sumiram, nem
todos foram torturados. Mas nem todos escolheram a luta armada. E aqueles que
escolheram a luta armada embora falassem em liberdade e democracia queriam
implantar aqui regimes comunistas. Tanto que haviam vários grupos distintos.
VAR-Palmares, Colina, Polop e muitos outros. Uns defendiam o comunismo russo. Outros o queriam
chinês. Outros mamavam em Cuba. Ah, o comunismo albanês, suspiravam. E por que
não uma República Sindicalista? Tão me seguindo, não? Então s´imbora...
1964 passou, já foi, já era. Nunca
mais teremos um ano chamado 1964. Com esse nosso calendário é impossível. A era
Collor e seu impeachment se pirulitou. O Brasil avançou um pouco, resolveu
alguns problemas com o Itamar Franco, outros com o FHC, que depois pisou em
falso com o instituto da reeleição e outros flancos que deixou abertos.
Por fim, os sindicalistas, os da
luta armada, democratas, socialistas, chegaram ao Poder elegendo o seu representante.
Achávamos uma boa escolha, a nação podia se orgulhar, um pobre, semi-analfabeto,
operário e sindicalista, que enfrentara greves, que viera do povo, nada mais
democrático, o resto a gente já sabe. Está aí o resultado cuspindo na nossa
cara. E isto não é uma metáfora. É uma realidade que o Millõr Fernandes provou
via Chico Buarque; o Bolsonaro via Jean BBB Wylys; e um casal, num restaurante,
via Zé de Abreu. Há o caso dos jovens cuspindo em fotografias de parlamentares
em frente ao MASP e um caso de excrescência que recuso narrar mas a foto está
aqui.
Esta
a Esquerda calhorda, ladra, bandida que queria se perpetuar no Poder. Vamos a
ela: PT, PCdoB, PSOL, e REDE. Os personagens são estes do noticiário político
que, agora, são quase todos os mesmos do noticiário da Polícia Federal. Mas não apenas estes. Há os professores que
infestam as Universidades e Escolas Públicas, principalmente: camuflados nas
redações e bastidores de jornais e da mídia como um todo. Estão todos aí
entupidos de ideologia que não leram, não conhecem, mas repetem como papagaios,
tiveram os cérebros chipados com essa cantilena capaz de produzir ladrões, tipo
Lula e sua Quadrilha de Aloprados e essa juventude do levante, que são o supra
sumo da imoralidade política, sem decência e sem nenhuma moral e que gostariam
de continuar representando o povo brasileiro (representando é aqui um sinônimo
de explorando, roubando).
Ao contrário destes imbecis que não
conhecem a verdadeira cultura, não achei deprimente, nem grotesco o espetáculo
da Câmara dos Deputados no domingo do impeachment. Jornalistas, políticos,
pensadores esquecem que eles estão ali eleitos pelo povo, são parte deste mesmo
povo, a quem os governos negam educação de qualidade, para que evoluam,
melhorem o nível de representantes melhorando o nível dos representados. E tem
alguma coisa que é do caráter genuíno do povo brasileiro, a galhofa, a brincadeira,
o sarro de si mesmo, cujo melhor representante é o povo carioca, com seu humor
e gozação de tudo e de todos e que esses mesmo políticos, jornalistas e
pensadores quando lhes convém elegem como valor moral e como virtude.
Embora falassem em filho, Deus, família,
cachorro, papagaio e quizumba todos sabiam o que estavam fazendo ali. E este
invólucro não anulava e nem escondia o que havia dentro da Caixa de Pandora: as
palavras SIM e NÃO. E por que o SIM venceu sentiram-se incomodados, envergonhados.
Pois vocês que têm o queijo e a faca na
mão quando estiverem no Poder nos ajudem a construirmos escolas de qualidade, nos
ajudem a oferecer a todos a verdadeira Educação que liberta e eleva, o único
caminho do verdadeiro progresso e desenvolvimento como povo e como nação.
Enfim, poucos dias nos separam do fim
de uma época que manchou politicamente a nossa história. No entanto, não haverá
milagres. O impeachment, o fim da Era PT não foi coisa da Câmara, do Cunha, do
STF, nem do Senado. Muitos vão querer ser os pais da criança. Mas a vitória, a
conquista foi do Povo. Se não tivéssemos ido às ruas em multidões esse
impeachment não aconteceria. E cabe a nós continuarmos vigilantes e mobilizados
e dispostos a voltar às ruas na hora que o trem descarrilhar de novo. Muita
mudança ainda precisa ser feita.
Quanto â Democracia, é como falei
anteriormente. Para esse pessoal da Esquerda é apenas um adesivo que eles, inimigos mortais do
capitalismo, colam em seus carrões produzidos pela Indústria que eles detestam
e financiados em instituições financeiras que um dia eles quiseram explodir.
Com bombas, literalmente. E encerro com uma frase que digo e repito sempre, do Ulysses Guimarães: “A ÚNICA COISA QUE METE MEDO EM POLÍTICO É O POVO NAS RUAS”.
Raimundo
Fontenele
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