12 de set. de 2016
River Phoenix Blues
Tom: G
Vejo-o ao longe
caminhando ao vento
no frio cortante da noite
como uma estrela alucinada
explodindo em mil tons
Divaga pelos campos
como uma borboleta multicor
voando de flor em flor
perfumando o arco-íris
que brota no céu pálido
Parece com um garoto de programa
na esquina maltrapilha
a esperar clientes imundos
Ele dorme em qualquer sonho de cais
espera ao anoitecer uma droga a mais
há um vestígio de prazer
espalhado pela sala de estar
ele não desperta
apenas balbucia palavras vazias
no apartamento que sangra
Vejo-o ao longe
andando por desertos
em paisagens áridas
anjo que não pode voar
mistura de silêncio e gemido
nas estradas infinitas da dor
Parece com um andarilho
deleitando-se nas praias brancas
a tombar nas ondas
Ele age como um rebelde
procurando o seio materno
talvez procure um diamante fosco
no olhar de uma prostituta
ou mesmo o sono leviano da morte
Ó ave flamejante
voe pelas planícies formosas
Busque o horizonte brusco
longe do teu olhar
que se incendeia
ao toque da madrugada
Por Oluap Said
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