21 de jan. de 2016

Reminiscências de uma antiga companhia



           Ainda lembro quando ela estava por aqui, tudo que aprendi sobre a vida ela quem me ensinou, ela com seu brilho e suas várias estórias, o sentido de bem e mal não foram meus pais, muito menos outro parente próximo quem me ensinou e sim ela, todos nós aqui em casa buscávamos seus conselhos, como um oráculo ela tirava as dúvidas, nos indicava os caminhos a percorrer, ela esteve entre nós nos momentos mais difíceis e também nos momentos mais alegres, nas festas de fim de ano, no carnaval, nos aniversários. Em certos momentos tudo girava em torno de sua presença, na infância esteve junto de mim quando minha mãe me curava a febre com chá e bolachas Cream Cracker, na adolescência ela foi testemunha do primeiro beijo que roubei no sofá da sala, na chegada do meu primeiro violão, dos livros amontoados ali próximo, pode observar a chegada do meu filho na família, testemunhar seus primeiros passos ao redor da mesa de centro. Hoje é um dia triste perdemos um ente muito querido, hoje pela manhã ela não iluminou mais nossas retinas com o colorido de suas imagens e seus vários diálogos em assuntos direcionados a nossa escolha. Hoje por volta das onze da amanhã recebemos a ligação do técnico de eletrônica, nos informando a morte de nossa tão querida televisão de 20 polegadas. 

           

Por Natan Castro

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