Por Natan Castro
É histórica a
inercia da classe artística do Maranhão no que diz respeito a inépcia dos seus
governantes no trato com as agendas da arte e da cultura. É público e notório a
profícua capacidade do Estado em manifestar cultura em todo o seu território. A
variedade rítmica deflagrada anos atrás é somente um dos vários traços desse genuíno
talento de produzir arte, peculiaridade que vai de encontro a inúmeras adversidades
que o estado passou no decorrer de sua história. A politica do Panis Et Circense que foi imortalizada
pela família Sarney durante seus quase cinquenta anos a frente do governo do Estado, criou uma leva de artistas de “ocasião” agentes culturais forjados na ridícula
dependência de benesses de governos que usaram e abusaram da pungente cultura
do estado para servir a meros interesses eleitoreiros.
Nos dias atuais
com o atual governo do jurista Flávio Dino, membro histórico da oposição contra
os desmandos dos governos anteriores, infelizmente a situação da arte e cultura
do estado continua a mesma. Com praticamente um ano e seis meses a frente do
governo, Flavio Dino só demonstrou o quanto se assemelha aos antigos
mandatários, já passaram pela pasta da cultura três secretários e todos se
mostraram inaptos a continuar no mesmo. Recentemente uma verdadeira anomalia
gestora foi acometida pelo governo no poder, quando aglutinou as pastas da
cultura e do turismo, se não bastasse a ridícula junção, foi nomeado para
assumir as duas secretárias um advogado recém-formado, sem nenhuma experiência
com a gestão de nenhuma das pastas, nas entrevistas dadas pelo mesmo fica
bastante visível seu profundo despreparo, inexiste em sua fala conhecimento sobre o assunto, algo que julgamos ser de suma importância haja vista a tradição cultural que o estado possui no Nordeste do país.
O estrago ainda
se faz bem maior, quando essa mesma classe artística se auto-reproduziu com o
passar dos anos. Na gestão atual vários desses possuem um discurso alinhado ao
discurso produzido pela gestão desastrosa da cultura, haja vista, que diversos
deles juntamente com alguns familiares estão alocados em cargos no âmbito das
duas secretarias. Existe um axioma no fazer artístico que diz que antes de
qualquer coisa arte é transgressão, e apartidária e sua real posição é de
oposição e cobrança a qualquer poder estabelecido seja na esfera municipal,
estadual ou federal. É dever de todo artista ter essas premissas como norte em
suas carreiras artísticas. O artista alçado ao titulo de vidente por grandes
nomes como o poeta francês Arthur Rimbaud, como tal se difere dos demais e por
conta disso tem por obrigação esse policiamento dos atos políticos em relação
ao bem estar geral da população de uma cidade, estado ou país. No Estado do
Maranhão artistas de ocasião usam e abusam do espaço das redes sociais para
falarem dos assuntos mais diversos, o que mais se sente falta nesses
comentários é de um debate claro e objetivo sobre as demandas culturais que com
o passar do tempo só aumenta a indigência cultural de um estado tão rico de
cultura. O mais recente ato dessa classe de pseudos-artistas foi a ocupação do IPHAN
no centro histórico da capital, como forma de protestar pela extinção do
Ministério da Cultura (Que foi revogada pelo Presidente interino Michel Temer)
e também contra o possível “golpe” que levou ao processo do impeachment da
presidenta petista Dilma Roussef. Para a meia dúzia desses artistas não
representa golpe a junção das secretárias de cultura e turismo do governo
Flávio Dino, porém de igual proporção a transformação do ministério da cultura
em secretaria de governo isso sim foi tido por eles como golpe. Finalizando o
verdadeiro golpe na cultura do Estado do Maranhão é a falta de um verdadeiro senso
artístico e cultural desses que se dizem agentes de cultura em nosso Estado.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMeu amigo, esses artistas daí em quase sua totalidade quando defendem a Arte e a Cultura, na verdade querem apenas uma Teta macia e cheinha "pra poder mamar deitado".
ResponderExcluirLarápios poeta, nada mais que isso, nosso total repúdio a esses vampiros, transvestidos de "artistas".
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