ENQUANTO
SEU LOBO NÃO VEM
72 anos completo em agosto. É sério
tudo isso que estou vendo, lendo, ouvindo, vivendo?
O certo é que estou de volta no blog
Literatura Limite (www.literaturalimite.blogspot.com.br) e que também pode ser encontrado dentro do site
TORDESILHAS, o mais novo e inovador portal de notícias da netmaranhense.
A minha nova coluna chama-se SOCO NO
MURO, como se fosse um direto de Mike Tyson no queixo disso tudo que tem me
incomodado mais que nunc et semper atualmente. A hipocrisia, a burrice, a
chatice e o terno branco. A esquerda dinossáurica vestindo novos pelegos, como
se não pudéssemos sentir seu cheiro de mofo a milhas de distância. Os traidores
e inimigos do povo. Os que escarnecem enquanto roubam e saqueiam esta nação.
Socar esse MURO sem nenhum medo de
quebrar a mão.
Viva a diferença!!!
BILHETINHO
PRA ELA
Veja bem, são tempos "bicudos"
os que estou particularmente vivendo. Sei que a coletividade passa também por
um drama comum que é de todos.
Muitos não sabem o que está de fato
acontecendo. Outros preferem ignorar. Uns temem. Tem até alguns que se alegram,
não sabendo ou fingindo não saber, que também correm perigo.
Mas há os que sabem. Visionários.
Sensitivos. Farejadores como cães. Olhos de lince. Os que dormem como ou com as
corujas. E no dizer sintético e genial de Pound: "o artista é a antena da
raça".
Nada nos aproxima mais do que a dor.
Talvez o amor se lhe iguale. E a sociedade humana percebe-se e sabe que está
intoxicada até alma. De venenos variados. De ódios com determinada direção. De
vingança planejada e executada a conta-gotas. De indiferença e tédio. De morrer
à míngua.
Quanto a mim, você sabe. Talvez os 12
trabalhos de Hércules não lhe pesassem tanto. Mas devo cumprir esta missão até
o fim.
Será que sabem do que estou falando?:
Moro, covid19, o projeto satânico em movimento, o sétimo selo, o terceiro
cavaleiro do Apocalipse, Soros, Trump, Bolsonaro, a chave da porta do céu, o
número da Besta...
Mudar de vida é como trocar de pele. Em
determinado momento nem sabemos mais quem somos, o que fazemos ou para onde
estamos indo.
No entanto, vamos. Em busca daquilo que
mais nos aproxima. O amor e a dor.
VOZES
POÉTICAS
A
VOZ DE CASSAS NO PARALELO 17
O
poeta é um dos sobreviventes do grupo ANTROPONÁUTICA. Hoje residindo em São
Paulo continua sua trajetória poética com mão firme e poderosa.
Palavras
de Micheliny Verunsche sobre a poesia de Luís Augusto Cassas, na contracapa do
seu livro Paralelo 17, Editora Penalux, 2018:
“A
poesia de Luís Augusto Cassas carrega uma espécie de mística militante. Por um
lado, convoca a materialidade do espiritual, como no Jesus crucificado pelas
mãos do artesão hippie, e por outro percebe como ninguém a urgência do
mendigo-iogue em sua fome.
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Li
outros livros do autor e encontro nesse Paralelo 17 a marca profunda dessa
crença em uma poética que, operando alternadamente nas voltagens
transcendência-imanência, traça um percurso original na produção contemporânea
da poesia brasileira. Leia-se!”
A
ÁRVORE DA CRIAÇÃO
30 anos pressenti
a morte do pai. o excesso de sábado.
a bílis. a rodada de cerveja. a última
feijoada.
o anjo da gula. a gargalhada da agonia.
a
serpente no coração.
foi hoje. o nó na garganta.
os aparelhos desligados. a explosão da
respiração.
o copo de lágrimas. a terra prometida. jardins
sem éden.
o túmulo virando berço. o tronco decepado.
o
fracasso de adão.
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