2 de jan. de 2017

Pesquisa Descobre 1ª Escola de Filosofia do Brasil no MA




Antônio Henriques Leal nasceu em Cantanhede, MA, em 24 de Julho de 1828 e faleceu no Rio de Janeiro em 29 de Setembro de 1885; foi um médico, jornalista e escritor brasileiro.

Detentor de uma extensa carreira como escritor e jornalista Antônio Henrique Leal tem como auge de sua produção, os quatro volumes do Phanteon Maranhense. No livro o autor realiza o estudo sobre a proficiente tradição literária maranhense, o livro foi responsável pelo titulo que o Estado possui de Athenas Brasileira.


Antonio Henriques Leal
O Pantheon Maranhense é um instrumento para se perceber de onde os sujeitos sociais, membros da Athenas Brasileira, falavam, embora não sejam eles que falam, e sim o autor que fala por eles. Ainda que não retrate toda a elite, aliás, nunca foi essa sua intenção, os critérios de inclusão na obra — conseqüentemente, os de exclusão — não levam em consideração somente a capacidade intelectual dos biografados, perfilando literatos, jornalistas, juristas, oradores, entre outros, mas também de políticos, reforçando o elemento de distinção social por condição de notoriedade como qualidade de pertencimento a uma elite. (ANPUH – XXV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Fortaleza, 2009).




Athenas Maranhenses na Atualidade

Recentemente um livro de critica escrito por Frederico José Corrêa (1817-1881), político que foi o terceiro vice-presidente da província do Maranhão em 1866, exercendo a presidência interinamente por quatro dias. Foi reeditado e lançado em eventos literários na capital. O livro critico tenta desmistificar o titulo de Athenas Brasileira. Assim como o conteúdo do livro o assunto é tratado por alguns "literatos" do Maranhão como uma falácia, algo sem nenhum fundamento.



Documentos Descobertos em Portugal Comprovam a Tradição Literária do Maranhão


No inicio do mês de Novembro de 2016 aconteceu em São Luís o Café Filosófico (Catalogus Eborensis) organizado pelo IESMA, na ocasião aconteceu uma palestra do Padre Lúcio Álvaro Marques de Mariana (Minas Gerais). Lúcio Álvares é Doutor em Filosofia pela Universidade do Porto (Portugal). Na palestra o padre tratou de sua pesquisa sobre o período colonial do Brasil, após viagem feita a cidade de Évora em Portugal o palestrante falou aos presentes da descoberta de documentos que comprovam a existência de um Colégio de Filosofia no Maranhão por volta de 1720-1740. O Colégio Máximo do Maranhão era uma instituição que ensinava filosofia a estudantes maranhenses em geral, com professores vindos de Portugal. A confirmação dessa instituição de ensino no Maranhão em pleno período colonial, joga por terra a afirmação que inexistiu ensino de filosofia no Brasil nos tempos coloniais, informação confirmada por diversos historiadores durante décadas. O surgimento desses documentos que serão lançados em breve pelo pesquisador em livro, reitera também o titulo de Athenas Brasileira. Desde o inicio o Maranhão possuía um posicionamento geográfico privilegiado em relação aos demais Estados da federação quando o assunto era o deslocamento em direção a Europa. Isso sem dúvidas é um dos fatores que fizeram o Maranhão ter acesso ao pensamento de ponta do período, algo que perdurou durante décadas. Abaixo trechos da palestra gravados pelo Radialista e Jornalista Robson Jr, cedidos com exclusividade para o Blog Literatura Limite. Depois da descoberta de tais documentos será se alguns livros deverão ser reescritos, a própria história acadêmica do Brasil devera igualmente ser revista? Fica a pergunta.












Por Natan Castro
Colaboração: Robson Jr

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