Antônio Henriques Leal nasceu em Cantanhede, MA, em 24 de Julho de 1828 e faleceu no Rio de Janeiro em 29 de Setembro de 1885; foi um médico, jornalista e escritor brasileiro.
Detentor de uma
extensa carreira como escritor e jornalista Antônio Henrique Leal tem como auge
de sua produção, os quatro volumes do Phanteon
Maranhense. No livro o autor realiza o estudo sobre a proficiente tradição literária
maranhense, o livro foi responsável pelo titulo que o Estado possui de Athenas
Brasileira.
Antonio Henriques Leal |
O Pantheon Maranhense é um instrumento
para se perceber de onde os sujeitos sociais, membros da Athenas Brasileira,
falavam, embora não sejam eles que falam, e sim o autor que fala por eles.
Ainda que não retrate toda a elite, aliás, nunca foi essa sua intenção, os
critérios de inclusão na obra — conseqüentemente, os de exclusão — não levam em
consideração somente a capacidade intelectual dos biografados, perfilando
literatos, jornalistas, juristas, oradores, entre outros, mas também de
políticos, reforçando o elemento de distinção social por condição de
notoriedade como qualidade de pertencimento a uma elite. (ANPUH – XXV SIMPÓSIO
NACIONAL DE HISTÓRIA – Fortaleza, 2009).
Athenas Maranhenses na
Atualidade
Recentemente
um livro de critica escrito por Frederico José Corrêa (1817-1881), político que
foi o terceiro vice-presidente da província do Maranhão em 1866, exercendo a presidência
interinamente por quatro dias. Foi reeditado e lançado em eventos literários na
capital. O livro critico tenta desmistificar o titulo de Athenas Brasileira. Assim como o conteúdo do livro o assunto é
tratado por alguns "literatos" do Maranhão como uma falácia, algo sem
nenhum fundamento.
Documentos Descobertos em Portugal
Comprovam a Tradição Literária do Maranhão
No
inicio do mês de Novembro de 2016 aconteceu em São Luís o Café Filosófico (Catalogus Eborensis) organizado pelo
IESMA, na ocasião aconteceu uma palestra do Padre
Lúcio Álvaro Marques de Mariana (Minas Gerais). Lúcio Álvares é Doutor em
Filosofia pela Universidade do Porto (Portugal). Na palestra o padre tratou de
sua pesquisa sobre o período colonial do Brasil, após viagem feita a cidade de
Évora em Portugal o palestrante falou aos presentes da descoberta de documentos
que comprovam a existência de um Colégio de Filosofia no Maranhão por volta de
1720-1740. O Colégio Máximo do Maranhão era uma instituição que ensinava
filosofia a estudantes maranhenses em geral, com professores vindos de
Portugal. A confirmação dessa instituição de ensino no Maranhão em pleno
período colonial, joga por terra a afirmação que inexistiu ensino de filosofia
no Brasil nos tempos coloniais, informação confirmada por diversos
historiadores durante décadas. O surgimento desses documentos que serão
lançados em breve pelo pesquisador em livro, reitera também o titulo de Athenas
Brasileira. Desde o inicio o Maranhão possuía um posicionamento
geográfico privilegiado em relação aos demais Estados da federação quando o
assunto era o deslocamento em direção a Europa. Isso sem dúvidas é um dos
fatores que fizeram o Maranhão ter acesso ao pensamento de ponta do período,
algo que perdurou durante décadas. Abaixo trechos da palestra gravados pelo
Radialista e Jornalista Robson Jr, cedidos com exclusividade
para o Blog Literatura Limite. Depois da descoberta de tais documentos será se
alguns livros deverão ser reescritos, a própria história acadêmica do Brasil
devera igualmente ser revista? Fica a pergunta.
Por
Natan Castro
Colaboração:
Robson Jr
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