Vamos
baixar a esta mesa nossos tomos e mais tomos de psicologia, sociologia,
antropologia e tentarmos entender esse animal humano chamado mulher. Embora a
sabedoria de um sambista, sem nenhum estudo ou conhecimento científico nas
áreas mencionadas, tenha tido a precisão de um corte cirúrgico ao defini-la:
“Fica doido varrido quem quer se meter a entender a mulher”.
Pronto, pra que ir adiante? Por
simples teimosia, desconexão com o mundo real, por esta ilusão poética de achar
que com palavras se encontra algumas verdades escondidas nas dobras da língua,
nos desvãos dos dicionários, no recôndito da linguística e da prosopopeia.
Agora, afinal, cabe a pergunta?
Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha, o homem ou a mulher? Um homem-mulher
ancestral, dotado de útero e glândulas mamárias bem cheias, pariu uma
sinhazinha e educou-a com estes princípios cristãos (mas nem Cristo existira
ainda), ocidentais, do homem cabeça do casal, do homem senhor, da mulher
escrava e posse furiosa, tomada e repartida entre serviços domésticos, deveres
de mãe, e obrigações maritais, de calçar, inclusive, os chinelos do senhorzinho?
Ou uma mulher-homem fecundou a si
mesma, e o rebento dessa transação andrógina e hermafrodita, o cabeçudinho, é
que foi educado por ela para exercer sobre ela o seu mando?
Então vamos saltar por cima dos
séculos, das convenções, dos estudos; vamos pular os movimentos, as conquistas,
as agressões, os anos em que as mulheres, damas e rainhas, descansavam e
fornicavam em macias e perfumadas alcovas, enquanto seus maridos vassalos
faziam o serviço sujo, trabalho de mulas, guerreavam e morriam, às vezes com um
par de chifres que lhe pesavam mais que todos os anos vividos.
Se é isto que você está pensando,
por favor, me inclua fora dessa. Não pertenço à malta de machistas, mas não sou
bobo para, em pleno século XXI, aceitar como um parvo e idiota, todas as
acusações que estas feministas agressivas, peludas, que nas manifestações e
passeatas pintam, em seus corpos nus, escatologias e palavras obscenas, que
defecam e vomitam nos pátios e calçadas de Universidades por esse mundo afora,
que tudo isso é culpa dos homens, do Trump e do Bolsonaro. Mesmo quando este
Bolsonaro defendeu a castração química de um specimen de seu gênero, o tal do
estuprador e homicida Champinha, e a dona Maria do Rosário saiu em sua defesa, e
em defesa dos menores bandidos. E repetem: a culpa é da sociedade. Quer dizer, da sociedade machista. Em suma a culpa é do Homem. Ora, dona Maria do Terço e
suas acólitas, vão se deitar nos seus pelegos e não nos encham os sacos!
Lembro do tempo, nos anos
sessenta, foi ontem, né?, quando o movimento feminista, quer dizer, as mulheres
queimaram seus sutiãs, deixaram seus pelos das axilas à mostra, vestiram calças
masculinas, a controvérsia do movimento contrário ao homem se identificando com
ele no vestuário e, em alguns casos, até no bigode (ah ah ah ah). Os jovens
tocados pelos vários caminhos que a esquerda apontava, lembro, estavam em sua
grande maioria apoiando as mulheres e ao seu movimento feminista, cada vez
mais, conquistando postos no trabalho, na universidade, na política.
Mas convém saber que as mães foram
as responsáveis pela reprodução desta caricatura "menina com boneca e menino com
bola". Então tudo é resultado, fruto, seja lá que nome se dê, da sociedade
humana. Nem machista nem feminista, mas, repito, sociedade humana. Essas divisões, adubadas por um ódio puro e uma ira quase sagrada, é parte de uma
estratégia bem fundamentada por pensadores de esquerda que se apossaram do
poder do final do século passado para o início deste. Pois mesmo as esquerdas,
socialismo e comunismo juntos, perdendo política e economicamente, ganharam a
guerra mais importante, que foi a cultural.
Assim, universidades, escolas,
redações de jornais e revistas, a máquina que movimenta nos bastidores as
várias mídias, as secretarias de cultura, as curadorias de exposições,
festivais, etc., está tudo infestado e contaminado por esse pensamento de
esquerda que é do século passado, e nada tem a ver com os problemas do mundo
atual.
Movimentos imigratórios, estado
islâmico, globalismo, grandes capitalistas financiando rebeliões, projetos
pseudo-revolucionários, e as massas sendo divididas entre orientais e
ocidentais, mulheres x homens, brancos x pretos, ricos x pobres, homofobia x
gaysismo exagerado querendo forçar as crianças a práticas pervertidas da
sexualidade, e portas que se abrem para a violência da pedofilia, e em muitos
casos, estão lá, as Mulheres Ativistas contribuindo para esse caldo cultural
caótico, no qual as gerações jovens, sem pensamento próprio, e as crianças sem
capacidade de discernir o que é do que não é, estão sendo cozidos e fritos nesse fogo aceso e soprado por militantes gays,
mulheres ativistas, movimentos LGBT e Z, homens canalhas, pedófilos e
aproveitadores de toda espécie.
Nada mais desatualizado, cafona e demodé do que esses discursos que começam falando em meios de produção ou nas cuecas do
bispo. Será que não percebem que está tudo se movendo velozmente, o físico e o
mental, e, portanto, a surpresa é que quanto mais global, mais
particularizado, e essa volta do nacionalismo, em alguns casos de forma extremada
até, nada mais é que a recusa deste globalismo socializante que apenas
distribui miséria e não se susteve e não se sustentará de pé?
Nessa Marcha das Mulheres
realizada um dia pós-Trumpresidente observaram a quantidade de homens
presentes, engrossando o coro das descontentes? E outra coisa, o cara nem
começou a governar e já está tudo mal. Ontem com Obama estava tudo bem e hoje
com Trump está tudo mal? Esses seresumaninhos precisam entender que os seres
pensantes os olham como menos que humanos, uns cachorrinhos amestrados, como
uns bichinhos pobres coitados, uns pobres diabos, carentes de tanta coisa que
eles não enxergam, e ganham as ruas e as praças e as avenidas em marchas tresloucadas
culpando os homens e as religiões, o capitalismo e os bens que esse capital
pode comprar, os empregos que ele pode promover, as negociações que os
sindicatos realizam com os patrões... é cegueira isso? Preferem o Estado
monstro, devorador de riquezas e que tem a distribuir isso que se vê em Cuba,
na Venezuela, na Coréia do Norte e aqui no Brasil, nesses tempos pós LulaDilma:
desemprego, carestia, falta de alimentos e produtos, fábricas fechando, o cu do
mundo se abrindo, e vocês Mulheres Feministas que apenas reproduzem o
comportamento machista do homem que vocês dizem abominar, não sentem o fétido
odor dessa cloaca humana em que estão se tornando e pretendem transformar esse universo?
Aqui, ó, pra vocês: NÃO PASSARÃO!
Porto
Alegre, janeiro de 2017
Raimundo
Fontenele
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