17 de ago. de 2018

FOLHETIM DA SEMANA


O segundo FOLHETIM DA SEMANA do nosso blog LITERATURA LIMITE (que você acessa no link www.literaturalimite.blogspot.com.br) traz três atrações especiais: nosso editorial, o artigo do Padre Antonio Vieira, A ARTE DE FURTAR, e os poemas com o qual participei da antologia Sem Pé Nem Cabeça, que trará na próxima semana a participação dos irmãos Rossini Correa e Henrique Corrêa.
        
EDITORIALZINHO DO FONTECA

Aviso aos amigos das redes sociais e os da minha vida pessoal que a partir desta data estou anunciando publicamente os porquês da minha escolha para Presidente da República e abrindo o meu voto em Bolsonaro.
É verdade que durante os anos 60/70 estive ao lado dos que lutaram contra o regime militar implantado no país, e hoje sabemos que foi aquele ato de força que impediu que um governo totalitário, a tal ditadura do proletariado, se instalasse de vez aqui no Brasil, nos moldes dos governos comunistas da URSS, Cuba, China e até Albânia.
A partir da redemocratização do país, com a volta do poder às mãos dos civis, o que assistimos foi uma gradual e profunda crise, a cada dia pior.
A Crise Moral: atendendo a uma agenda globalista de esquerda o que se tem visto é o país mergulhado nas drogas, grupos defendendo o aborto  indiscriminadamente, defensores da pedofilia e do incesto, defensores da destruição das religiões e da família tradicional, o desejo de avocarem para o Estado, via Escola, a tarefa de educar jovens e crianças, insistindo em que a partir dos 6 anos de idade a criança passe a ter iniciação à sexualidade, inclusive, invertendo na prática os gêneros masculino e feminino. Uma coisa absurda, própria das ditaduras mais ferozes, que retiram dos pais a tarefa de educarem seus filhos conforme seus padrões e convicções morais, religiosas, estéticas, etc.
A Crise Política: desde a Constituição de 1988, a tal constituição anã e cidadã, a tarefa de administrar, governar passou a submeter-se ao tal governo de coalizão que nada mais foi que a partilha de órgãos públicos com os partidos que dão sustentação ao Executivo. Uma prática obscena que descambou para a corrupção e a ladroagem (Mensalão, Petrolão, Fundos de Pensão, BNDES) jamais vista em país nenhum do mundo. Pelo menos em países civilizados. A não ser na Itália, da operação Mãos Limpas, quando meio mundo de políticos e empresários foram parar na prisão.
         A Crise Econômica: o país parou de crescer e jogou 13 milhões de brasileiros nos braços do desemprego. Mas não se enganem. Nada de petróleo de situação mundial, cambial, fiscal. Essa crise econômica é filha das outras duas, da moral e da política. Da moral, porque ser desonesto, ser corrupto e ladrão tornaram-se virtudes e motivos de elogio e salamaleques. Um dos maiores ladrões do país, o ex-presidente Lula, posa numa sala especial da PF de Curitiba como preso político, ele, que se não tivesse ascendido aos cargos que ascendeu, se tivesse ficado na sua Garanhuns, não passaria de um reles ladrão de galinhas (com todos respeito aos honrados ladrões de galináceos). E da política, porque fizeram disso uma atividade marginal, e nunca se viu tanto dinheiro em cueca, em malas transportadas furtivamente pelo amigo do Temer, salas e quartos de apartamento atapetados com malas e caixas de dinheiro (caso Geddel), nunca se roubou tanto, se aparelhou tanto as instituições públicas que viraram túneis condutores do dinheiro suado dos brasileiros para os bolsos de malandros travestidos de deputados, senadores, governadores, prefeitos, presidentes e ministros, juízes, desembargadores e ministros de tribunais.
         Tudo isso resultou nessa vergonheira anunciada por um ex-presidente, sociólogo bufão, que comprou sua reeleição com o nosso dinheiro, o FHC, que agora é avalista da junção de Lula, ele próprio, Dilma, Alckmin, o novo poste Haddad, a impoluta Ana Amélia, e uma chusma de jornalistas e puxa-sacos da pior espécie, com a conivência da mídia falada, impressa, televisada e teleguiada, e certamente Ciro, Marina, Renan, Dirceu, O Boubo, tudo junto e misturado, todos constituindo no momento o Eixo do Mal, o Dragão da Maldade na luta contra o Santo Guerreiro, personificado no Capitão Bolsonaro.
          Não nos enganemos: o objetivo deles todos é um SÓ, além da conquista do poder e da chave do Tesouro Nacional: indultarem o Lula, e acabarem de vez com a Lava Jato, para que se livrem, eles mesmos, de processos, condenações e prisões.
         Por isso minha rashtag é #VOTOBOLSONARO.
NOTA FINAL: PEÇO A TODOS OS LEITORES DESTE BLOG QUE CONTINUEM NOS LENDO, POIS, TUDO QUE SE REFERE A POLÍTICA IREI TRATAR NA MINHA PÁGINA DO FACE E NO TWITTER.
         AQUI CONTINUARÁ SENDO UM BLOG DE LITERATURA, ARTE E CULTURA. SEJAM SEMPRE BEM-VINDOS.

COISAS DA ANTIGA CONVIDA: ARTE DE FURTAR, DE PADRE ANTÔNIO VIEIRA

 O tratado Arte de Furtar apareceu pela primeira vez como escrito pelo Padre Antônio Vieira, com as indicações de “impressa na Oficina Elzeviriana”, em Amsterdã, com data de 1652. Na página de rosto, depois do título, há um extenso subtítulo: Espelho de Enganos, Teatro de Verdades, Mostradores de Horas Minguadas, Gazua Geral dos Reinos de Portugal oferecida a El-Rei Nosso Senhor D. João IV para que a emende. Além de Vieira, a autoria da obra foi sucessivamente atribuída a Antônio da Silva Macedo, João Pinto Ribeiro, Tomé Pinheiro da Veiga, Diogo de Almeida, jesuíta Manuel da Costa e outros.
Na realidade não se sabe quem foi o verdadeiro autor da obra, que é considerada um monumento da prosa barroca e o mais importante texto da literatura de costumes da língua portuguesa. O estilo gracioso, a feroz ironia e o humor requintado fazem de Arte de Furtar um verdadeiro clássico.
Gente, é como se o Padre Antônio Vieira (ou outro autor que seja) fosse um desses cronistas do Mensalão, Petrolão, Eletrolão, Fundos de Pensão, etc. e vivesse entre nós, escrevendo suas crônicas na Revista CROSUÉ, por exemplo.
Vejam a pérola escrita no século XVII e que cai como uma luva ou chapéu na cabeça ou nas mãos do Lula, ou do Zé Dirceu, ou de qualquer um outro desses grandes ladrões da nossa República.
"E digo que este mundo é um covil de ladrões, porque, se bem o considerarmos, não há nele coisa viva que não viva de rapinas: os animais, aves e peixes, comendo-se uns aos outros se sustentam; e se alguns há que não se mantenham doutros viventes, tomam seu pasto dos frutos alheios que não cultivaram.
E para que não engasgue algum escrupuloso nesta proposição, com a máxima de que não há ladrão que seja nobre, pois o tal ofício traz consigo extinção de todos os foros de nobreza, declaro logo que entendo o meu dito segundo o vejo exercitado em homens tidos e havidos pelos melhores do mundo, que no cabo são ladrões, sem que o exercício da arte os deslustre, nem abata um ponto do timbre de sua grandeza".
  
“SEM PÉ NEM CABEÇA”, A ANTOLOGIA MAIS UNDERGROUND DA POESIA MARANHENSE
Continuamos com a divulgação da Antologia Poética Marginal SEM PÉ NEM CABEÇA:


Raimundo Fontenele

CANÇÃO DO DESTERRO

verde e esperas
do fundo abismo
canção cigana
lágrimas da alma
morte
e aqui
a primavera nasce.

galgas a vida,
nasce um galo
em escuro canto
cantar vielas
é fácil.
torpe é morrer-se
assim:
a vida cresce.

crescido astro
vulva
obscuro é o V.
antes não fôssemos sós
tivéssemos a linha,
                       o anzol
pescaríamos isto,
não aquilo.

mar
           rama
arma certeira
borbulhas delirante
rumo ao nada.

amanhã nascerá tudo de novo.

pantera verde
este teu coração
é sempre um dente.

dentro disto te escondes.

e a muralha rui:
cavalos bravos

chegas
breve calvo mar
aranhas sem timão
remam para morte.

o galo de cristal cantou:
quebram-se copos.

face a  face
deliras? sonhas?
envergas a calça,
           a camisa,

a sede de ficar:

o resto morre.
barbas em por-de-sol
boca-do-mato
o fumo deu-te a terra
semeias plantas

duras são as esporas
cavaleiros rudes
destino azul
outros cavalos
negros somos nós

urubu
rato
horizonte

pede-me
conta-me
ama-me

o amanhã é verde
é uma prece.

cavei fundo
trágico acidente no domingo
louca negra tarântula

és um crime?
um absurdo?

METARLIBER LIBELO

bom é livrar palavras
metaliber
           libelo
           li-
vre cabelo belo breve
belangústia
crescendo na casa

CANCELA VIRAÇÃO

pardo espada no chão
gume de cão latido no escuro

cantar de grilos
é grilo
cancela-viração
           nu espanto
de pássaros de asa tonta

torto é o silêncio
lençol do vento

(continua na próxima semana)

Texto final:
Raimundo Fontenele

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