O
segundo FOLHETIM DA SEMANA do nosso blog LITERATURA LIMITE (que você acessa no
link www.literaturalimite.blogspot.com.br)
traz três atrações especiais: nosso editorial, o artigo do Padre Antonio
Vieira, A ARTE DE FURTAR, e os poemas com o qual participei da antologia Sem Pé
Nem Cabeça, que trará na próxima semana a participação dos irmãos Rossini
Correa e Henrique Corrêa.
EDITORIALZINHO
DO FONTECA
Aviso aos
amigos das redes sociais e os da minha vida pessoal que a partir desta data
estou anunciando publicamente os porquês da minha escolha para Presidente da
República e abrindo o meu voto em Bolsonaro.
É verdade
que durante os anos 60/70 estive ao lado dos que lutaram contra o regime
militar implantado no país, e hoje sabemos que foi aquele ato de força que
impediu que um governo totalitário, a tal ditadura do proletariado, se instalasse
de vez aqui no Brasil, nos moldes dos governos comunistas da URSS, Cuba, China
e até Albânia.
A partir
da redemocratização do país, com a volta do poder às mãos dos civis, o que
assistimos foi uma gradual e profunda crise, a cada dia pior.
A Crise
Moral: atendendo a uma agenda globalista de esquerda o que se tem visto é o
país mergulhado nas drogas, grupos defendendo o aborto indiscriminadamente, defensores da pedofilia
e do incesto, defensores da destruição das religiões e da família tradicional, o
desejo de avocarem para o Estado, via Escola, a tarefa de educar jovens e
crianças, insistindo em que a partir dos 6 anos de idade a criança passe a ter
iniciação à sexualidade, inclusive, invertendo na prática os gêneros masculino
e feminino. Uma coisa absurda, própria das ditaduras mais ferozes, que retiram
dos pais a tarefa de educarem seus filhos conforme seus padrões e convicções
morais, religiosas, estéticas, etc.
A Crise
Política: desde a Constituição de 1988, a tal constituição anã e cidadã, a tarefa
de administrar, governar passou a submeter-se ao tal governo de coalizão que
nada mais foi que a partilha de órgãos públicos com os partidos que dão
sustentação ao Executivo. Uma prática obscena que descambou para a corrupção e
a ladroagem (Mensalão, Petrolão, Fundos de Pensão, BNDES) jamais vista em país
nenhum do mundo. Pelo menos em países civilizados. A não ser na Itália, da
operação Mãos Limpas, quando meio mundo de políticos e empresários foram parar
na prisão.
A
Crise Econômica: o país parou de crescer e jogou 13 milhões de brasileiros nos
braços do desemprego. Mas não se enganem. Nada de petróleo de situação mundial,
cambial, fiscal. Essa crise econômica é filha das outras duas, da moral e da
política. Da moral, porque ser desonesto, ser corrupto e ladrão tornaram-se
virtudes e motivos de elogio e salamaleques. Um dos maiores ladrões do país, o
ex-presidente Lula, posa numa sala especial da PF de Curitiba como preso
político, ele, que se não tivesse ascendido aos cargos que ascendeu, se tivesse
ficado na sua Garanhuns, não passaria de um reles ladrão de galinhas (com todos
respeito aos honrados ladrões de galináceos). E da política, porque fizeram disso
uma atividade marginal, e nunca se viu tanto dinheiro em cueca, em malas
transportadas furtivamente pelo amigo do Temer, salas e quartos de apartamento
atapetados com malas e caixas de dinheiro (caso Geddel), nunca se roubou tanto,
se aparelhou tanto as instituições públicas que viraram túneis condutores do
dinheiro suado dos brasileiros para os bolsos de malandros travestidos de
deputados, senadores, governadores, prefeitos, presidentes e ministros, juízes,
desembargadores e ministros de tribunais.
Tudo
isso resultou nessa vergonheira anunciada por um ex-presidente, sociólogo
bufão, que comprou sua reeleição com o nosso dinheiro, o FHC, que agora é
avalista da junção de Lula, ele próprio, Dilma, Alckmin, o novo poste Haddad, a
impoluta Ana Amélia, e uma chusma de jornalistas e puxa-sacos da pior espécie,
com a conivência da mídia falada, impressa, televisada e teleguiada, e
certamente Ciro, Marina, Renan, Dirceu, O Boubo, tudo junto e misturado, todos
constituindo no momento o Eixo do Mal, o Dragão da Maldade na luta contra o
Santo Guerreiro, personificado no Capitão Bolsonaro.
Não nos enganemos: o objetivo deles todos é um
SÓ, além da conquista do poder e da chave do Tesouro Nacional: indultarem o
Lula, e acabarem de vez com a Lava Jato, para que se livrem, eles mesmos, de
processos, condenações e prisões.
Por
isso minha rashtag é #VOTOBOLSONARO.
NOTA FINAL: PEÇO A TODOS OS
LEITORES DESTE BLOG QUE CONTINUEM NOS LENDO, POIS, TUDO QUE SE REFERE A
POLÍTICA IREI TRATAR NA MINHA PÁGINA DO FACE E NO TWITTER.
AQUI
CONTINUARÁ SENDO UM BLOG DE LITERATURA, ARTE E CULTURA. SEJAM SEMPRE
BEM-VINDOS.
COISAS DA ANTIGA
CONVIDA: ARTE DE FURTAR, DE PADRE ANTÔNIO VIEIRA
Na
realidade não se sabe quem foi o verdadeiro autor da obra, que é considerada um
monumento da prosa barroca e o mais importante texto da literatura de costumes
da língua portuguesa. O estilo gracioso, a feroz ironia e o humor requintado
fazem de Arte de Furtar um verdadeiro clássico.
Gente,
é como se o Padre Antônio Vieira (ou outro autor que seja) fosse um desses
cronistas do Mensalão, Petrolão, Eletrolão, Fundos de Pensão, etc. e vivesse
entre nós, escrevendo suas crônicas na Revista CROSUÉ, por exemplo.
Vejam
a pérola escrita no século XVII e que cai como uma luva ou chapéu na cabeça ou
nas mãos do Lula, ou do Zé Dirceu, ou de qualquer um outro desses grandes
ladrões da nossa República.
"E
digo que este mundo é um covil de ladrões, porque, se bem o considerarmos, não
há nele coisa viva que não viva de rapinas: os animais, aves e peixes,
comendo-se uns aos outros se sustentam; e se alguns há que não se mantenham
doutros viventes, tomam seu pasto dos frutos alheios que não cultivaram.
E
para que não engasgue algum escrupuloso nesta proposição, com a máxima de que
não há ladrão que seja nobre, pois o tal ofício traz consigo extinção de todos
os foros de nobreza, declaro logo que entendo o meu dito segundo o vejo
exercitado em homens tidos e havidos pelos melhores do mundo, que no cabo são
ladrões, sem que o exercício da arte os deslustre, nem abata um ponto do timbre
de sua grandeza".
“SEM PÉ NEM CABEÇA”, A
ANTOLOGIA MAIS UNDERGROUND DA POESIA MARANHENSE
Continuamos com a
divulgação da Antologia Poética Marginal SEM PÉ NEM CABEÇA:
Raimundo
Fontenele
CANÇÃO DO
DESTERRO
verde e
esperas
do fundo
abismo
canção
cigana
lágrimas
da alma
morte
e aqui
a
primavera nasce.
galgas a
vida,
nasce um
galo
em escuro
canto
cantar
vielas
é fácil.
torpe é
morrer-se
só
assim:
a vida
cresce.
crescido
astro
vulva
obscuro é
o V.
antes não
fôssemos sós
tivéssemos
a linha,
o anzol
pescaríamos
isto,
não aquilo.
mar
rama
arma
certeira
borbulhas
delirante
rumo ao
nada.
amanhã
nascerá tudo de novo.
pantera
verde
este teu
coração
é sempre
um dente.
dentro
disto te escondes.
e a
muralha rui:
cavalos bravos
chegas
breve
calvo mar
aranhas
sem timão
remam para
morte.
o galo de
cristal cantou:
quebram-se
copos.
face a face
deliras?
sonhas?
envergas a
calça,
a camisa,
a sede de
ficar:
o resto
morre.
barbas em
por-de-sol
boca-do-mato
o fumo
deu-te a terra
semeias
plantas
duras são
as esporas
cavaleiros
rudes
destino
azul
outros
cavalos
negros
somos nós
urubu
rato
horizonte
pede-me
conta-me
ama-me
o amanhã é
verde
é uma
prece.
cavei
fundo
trágico
acidente no domingo
louca
negra tarântula
és um
crime?
um
absurdo?
METARLIBER
LIBELO
bom é
livrar palavras
metaliber
libelo
li-
vre cabelo
belo breve
belangústia
crescendo
na casa
CANCELA
VIRAÇÃO
pardo
espada no chão
gume de
cão latido no escuro
cantar de
grilos
é grilo
cancela-viração
nu espanto
de
pássaros de asa tonta
torto é o
silêncio
lençol do
vento
(continua
na próxima semana)
Texto
final:
Raimundo
Fontenele
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