Voltamos com o nosso FOLHETIM DA SEMANA
do nosso blog LITERATURA LIMITE
(acesse-o no link www.literaturalimite.blogspot.com.br),
voltado para assuntos da atualidade sem deixar de lado uma pitada de bom humor,
ironia, sarcasmo e uma boa dose de literatura.
GOZADAS
DO FONTECA
EU VIVI PRA VER ISSO?
Univ. Federal do PR - tráfico de drogas e sexo na escadaria |
Pode não ter relevância pra ninguém. Tô
nem aí. Importante é que vivi pra ver isso. O PT ajoelhado e de bunda de fora.
Mesmo que não perca arrogância, a relevância, a élégance.
A Arrogância: grande parte do núcleo
duro do PT é oriundo daqueles movimentos pré e pós 64, e a gente pode citar Zé
Dirceu, Pimentel, Genuíno, Dilma e muitos outros que encontraram em Lula, a
liderança operária que juntaria, na visão deles, a classe média e a classe operária,
num projeto de poder comuno-sindicalista, que iria levá-los ao paraíso. E isso
aconteceu. E arrogância virou soberba. E juntou mais gente: a Gleisi, o Lindenberg
(argh!), chega...
A Relevância. Lula no poder enganou até
o Diabo. Estabilidade econômica, inflação sob controle, meteu os pés pelo dedo
que falta. Política social que incluiu bolsas: família, ditadura, presidiário,
índio, e cotas pra tudo. E dinheiro distribuído a rodo para banqueiros,
empresários, sindicatos e ONGs. Muitas ONgs. E pras ditaduras cubana, venezuelana,
e africanas, e dinheiro pra enriquecer filhos e amigos. E laranjas às pencas. Só
na mão de laranjas nos paraísos fiscais são mais de, pasmem!, 50 BILHÕES DE
DÓLARES. EU DISSE 50 BILHÕES. CONVERTAM PRA REAL E CAIAM DE COSTAS! A derrocada não começou com a Dilma e sim com
o Lula. A Dilma foi o poste abestado que o Lula usou para tentar limpar seu
nome, hoje mais sujo do que pau de galinheiro.
A Élégance: Não, a décadence. Presos,
condenados, processados. Alguns soltos com a conivência de ministros do
Supremo. Perderam feio nas urnas. Com a grande mídia toda a seu favor, com
muito dinheiro do Fundão e do Petrolão, com os dois maiores institutos de pesquisa
jogando junto, com uma porrada de casos suspeitos de fraude eleitoral em
inúmeras urnas e o TSE mais surdo, mudo e cego do que os três macaquinhos. Foi
uma lavagem de cerca de 67 ou mais por cento. No abafa da malandragem e
roubalheira geral, que são a característica mais marcante da política
brasileira nas últimas décadas, se convencionou que foi de 55,13% a vitória do
é melhor JAIR se acostumando.
E agora, PT? Voltem às ruas com o Lula
Livre, É Gorpi, Resistência e o escambau. Cuidado com a tomatada e os ovos
podres!
QUEER
MUSEU, ORA MEU, VAI DAR O TEU
Como no Eclesiastes e Shakespeare, não
há nada de novo sob o sol. Portanto, o que temos aqui são novas nomenclaturas
para as coisas há muito existentes. Assim é com toda essa parafernália linguística
que a Esquerda e o Globalismo, de mãos dadas como dois gays ou duas lésbicas, usam: LGBTQIO+, ideologia de gênero, QUEER
MUSEU. No fundo tudo isso é apenas sinônimo da antiga e “boa” (para eles) sacanagem
ou putaria, como queiram.
O QUEER MUSEU nada mais é que
exposições artísticas com uma temática específica e um objetivo ideológico
definido. Não é a Arte pela Arte. Não. É uma arte panfletária cuja
característica aponta para duas vertentes: sexo e religião. Com o sexo procuram
alargar as fronteiras do socialmente permitido, catalogando-se aí várias formas
de taras e perversões, entre as quais destacam-se: pedofilia, zoofilia e incesto. Na religião trata-se de
profanar símbolos sagrados, objetos de culto, valores cristãos e morais
conservados a século.
Portanto o objetivo é um só: elimina-se
as religiões e seus dogmas e tabus e enfraquece-se assim as bases (religiosas,
filosóficas, morais) que são o sustentáculo da família tradicional, uma das
forças responsáveis pela propriedade privada que a Esquerda e o Globalismo
procuram destruir.
Então é furada essa discussão se o
apresentado pelo QUEER MUSEU é ou não Arte. É Arte sim. Arte panfletária, bom e
mau gosto não habitam o universo da crítica de arte, gostem ou não, mas é uma
arte tão panfletária como toda arte usada pelos sistemas totalitários, seja o
nazismo alemão, o fascismo italiano ou o comunismo russo com seus derivados. Entre nós vicejou o integralismo do Dr. Plínio Salgado e o comunismo do Luís Carlos Prestes.
Mas essas exposições do QUEER MUSEU
devem estar sujeitas a normas legais vigentes nos países em que são mostradas,
com censura classificatória de idade e, se algumas obras dessa arte pregam o
incêndio de igrejas, os cristãos e religiosos atingidos podem também ter a
liberdade de exigir e pregar o incêndio dessas exposições. Senão, essa liberdade e democracia tão
apregoadas por todos não passam de uma grande hipocrisia.
Esse, pois, o objetivo político: a destruição
da religião e da família.
Interessa-lhes, pois, uma sociedade
mundial composta absolutamente apenas por escravos na qual, claro, eles serão
os únicos senhores e patrões.
ESCOLA SEM OU COM PARTIDOS
Taí. É aqui que a porca torce o rabo. O
que existe na verdade é o aparelhamento das escolas e universidades por
professores militantes de partidos de esquerda, cujos expoentes são PT, PCdoB e
PSOL.
Nos perdemos numa discussão tosca e
acirrada há vários anos, em vários locais escolares e casas legislativas,
gastando o dinheiro dos nossos impostos com despesas de luz, água, transporte,
funcionários, audiências públicas e qual o resultado prático até agora?
Nenhum. Os professores militantes
continuam militando dentro das salas de aula, fazendo a cabeça das nossas
crianças e jovens. Não é que não se discuta e mostre a política para os alunos.
Mas os professores têm que ensinar sobre as várias correntes e ideias, sobre
capitalismo, sobre liberalismo, conservadorismo, nazismo, socialismo, fascismo,
sem tomar nenhum partido, sem querer que os alunos sigam suas próprias convicções.
Não precisa todo esse auê. É tão simples
resolver isso.
Basta o Presidente Bolsonaro demitir
por justa causa os professores que agem como militantes porque eles estão
infringindo artigos da grande lei, a Constituição. Todo mundo não fala em
respeito à Constituição? Esquerda, Direita, Centro e Lados Oblíquos todos não
são unânimes em defesa da Constituição?
Então. Justa causa neles.
Do livro (inédito)
PEDAÇOS DE ALBERTO CARONTE apresento-lhes o conto:
PEQUENO
DICIONÁRIO DE MULHERES
Mulher-uva
Isto
foi um marco da infância. Poderia dizer a.J. e d.J. Antes de Janete e depois de
Janete. Um grande divisor de águas. Um Moisés angelical com seu cajado rachando
um rio em duas metades. Nada de rio Jordão. Rio Pucumã, um riozinho quase seco
durante os grandes estios, mas caudaloso e invadindo as margens verdejantes nas
grandes cheias de ótimos invernos.
Janete
era a filha mais nova de uma família numerosa e abastada que viera de Tianguá e
fixara residência numa cidade chamada São Domingos, porque só o tempo é
memorável e faz milagres. E sem precisar de nenhuma máquina do tempo, dessas
encontráveis em lixo travestido de ficção científica, o tempo vem até aqui e
coloca Janete, dez anos, diante de si, ó Caronte, com seus doze anos de idade.
Janete, uma morena clara, os olhos castanhos e alegres e um sorriso que por
certo fazia cócegas em seus lábios. Linda, linda, linda.
–
Alberto, vamos menino, te veste, está na hora da missa – a voz da mãe era a mão
da rotina carregando Caronte todos os domingos para a missa das nove. E
ele ia. A infância toda seria assim e talvez toda sua vida, não fosse Janete.
Moravam
num casarão, Caronte, seu pai e sua mãe. E mais uma família. Um primo seu,
casado e com filhos, a esposa dele era costureira, ótima profissional. E foi
por isso que Janete entrou por aquela porta e na vida dele, Caronte.
Acabaram
os dois, juntos, correndo no imenso quintal, cheio de laranjeiras, mangueiras,
cajueiros, e ela, além de correr, pulou dentro do coração e do sangue do menino
Caronte, com seus desejos sólidos e líquidos. Sólido, seu membro duro. Líquido,
suas lágrimas verdadeiras.
Janete
chegou pela primeira vez para provar um vestido justamente num domingo quase às
nove horas. Ela entrou e, com tal visão diante dos seus olhos, Caronte não teve
dúvidas. Inventou uma doença, uma dor de cabeça ou de barriga qualquer, na qual
sua mãe acreditou piamente tão perfeita foi sua representação da tal
enfermidade, e lá se foi ela sozinha com seu missal negro e seu véu branco.
Ele
ficou em casa tirando uma onda de doente, e curtindo momentos apaixonados em
companhia daquela jovenzinha que viera alegrar esse e outros domingos mais que
os cânticos religiosos das missas dominicais.
Mulher-jaca
Era sua
adolescência. Na pequenina Pucumã, mais estreita em mentalidade que em
coordenadas geográficas, Caronte estava se sentindo só e oprimido. Só, porque
nesta idade os jovens não reconhecem os próprios pais, tanto vão se afastando
um do outro o que foi e o que virá. Oprimido porque, por conta do seu mal
comportamento e bebedeiras, não havia mais uma garota na cidade disposta a, com
ele, flertar, namorar, ficar. Os pais jamais aprovariam e uma ou outra que
tentava desobedecer a proibição paterna era sempre vítima de algum castigo familiar.
A vida
seguia seu rumo, com seus acontecimentos rotineiros e suas, para Caronte,
benditas exceções. Como aquela grande festa organizada pela juventude
pucumãnense onde seria coroada a rainha do coco babaçu, acontecimento anual que
punha toda a juventude em polvorosa. A alegria pairava no ar, pois só se viam
jovens em grupo, rindo e falando muito, visitando o comércio local, vendendo
convites, arrecadando donativos e prêmios que seriam distribuídos às primeiras
colocadas no concurso de beleza local.
Sabedor de
que das cidades vizinhas chegariam rapazes e moças atraídos por aquela festa
que já era uma tradição esperada por todos durante onze meses, Caronte viu
naquilo uma oportunidade para se dar bem. Arranjar alguma namoradinha, bonita
de preferência, pois as feias que o perdoassem, mas como ele havia lido no
poeta Vinicius de Moraes “beleza é fundamental”.
Chegou o
sábado da festa que se completava no domingo, quando a turma de jovens, num
caminhão fretado, se dirigia à vizinha cidade de Colinas para um refrescante
banho no rio Itapecuru.
O diabo é
que nosso jovem Caronte, alegre e ansioso, angustiado e aflito, esperançoso e
sôfrego, começou a encher a cara de cerveja, cachaça, conhaque Frei Damião
ainda cedo da tarde. À noite, na tão gloriosa e esperada festa, nem sabe como
chegou, nem o que se passou, somente em alguns momentos o cara tinha sopros de
lucidez e visualizava um acontecimento ou outro. Ouvia quando a orquestra
atacava uma música ou outra.
Lembra de
sentar à mesa com alguns amigos que insistiram para que ele fizesse uma
boquinha. Frango assado, carne do sol, farofa, de tudo mordiscou um pouquinho,
bebeu um refrigerante ali mesmo na boca da garrafa e em dado momento os vapores
do álcool pareceram dissipar-se quase por completo. Justamente na hora que os
músicos entraram com os acordes da música Poema do Adeus, sucesso do cantor
Miltinho, e uma das suas preferidas, quando o álcool lhe fazia cócegas no
cérebro e o amor ou a paixão beliscavam seu coração qual um pássaro faminto.
Caronte
pediu licença aos amigos, levantou-se e atravessou o salão de festas num passo
de zigue-zague e parou diante daquela garota que lhe pareceu um anjo de
formosura caído dos céus, mas enviada do município de Tuntum para que não
passasse em brancas nuvens e fosse motivo de gozação dos colegas no dia
seguinte. A maioria estava dançando, rostinho colado, ou então parados ao lado
de uma garota, mãos entrelaçadas, a paquera correndo solta.
Chegara a
sua vez e ele saiu castigando o bolero e na certa os pés da garota, que ninguém
sabe quantas vezes foram pisados, mas o flerte engatou e Caronte passou o resto
da festa, ou de mãos dadas com a menina, ou dançando, abraçando, beijando,
acariciando, tudo meio de leve que a moral ali não permitia certos avanços.
Domingo de
manhã, mais morto que vivo de ressaca, Caronte saiu de casa se preparando para
se juntar à turma e irem curtir um gostoso banho no Rio Itapecuru, na vizinha
cidade de Colinas. Ia em companhia de um amigo e, ao se aproximarem da turma,
perguntou ao amigo qual era a garota com quem tinha ficado na festa, pois nem
de sua fisionomia se lembrava direito.
O amigo
então lhe apontou uma morena baixinha, de pernas tortas, arqueadas mais que
pernas de cowboys pelo costume da montaria. Caronte quis voltar diante daquela
garota que para ele, tão exigente em termos de beleza feminina, aquela garota
se assemelhava mais com uma aparição do inferno. E o pior é que viu a garota
destacar-se do grupo e caminhar na direção dele e do seu amigo.
Rápido,
falou para o amigo: “Vou simular um desmaio, jogar-me no chão e tu avisa pra
ela que é um ataque de epilepsia e que vais ter que ir me deixar em casa”. E
assim fez, jogou-se ao chão, todo trêmulo, baba escorrendo do canto da boca,
revirando os olhos entre gemidos e saracoteios.
E
assim terminou aquela promessa de passeio dominical em companhia dos amigos.
Preferiu ficar ali mesmo no seu Pucumã, bebendo cerveja, a ter que pagar um
mico, diante dos colegas, em companhia daquela garota que mais parecia uma jaca. (Continua na próxima semana)
Texto Final
Raimundo Fontenele
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